Anjo da Verdadeira Luz — Antigo Esconjuro Amoroso

O pedido muito antigo do “Anjo da verdadeira luz” fazia parte da “biblioteca” das velhas streghe sicilianas. Suas origens são incertas. Este anjo misterioso, cujo nome é omitido, segundo alguns seria São Miguel, segundo outros Lúcifer. Pessoalmente, pelas razões pelas quais ele foi evocado pela strega, estou convencida de que era o Diabo, cujo nome em latim “Lúcifer” significa precisamente “Portador de luz”.

As antigas fattucchiere conheciam a natureza do “Anjo da verdadeira luz”, mas, por outro lado, pouco se importavam se a vontade do momento fosse cumprida. Na verdade, elas o evocavam principalmente para notícias de pessoas distantes, ou para atrair homens que escapavam das garras das amantes.
Para reatar com um amante que havia deixado, por exemplo, as mulheres iam a fattucchiera de confiança que, olhando para fora da varanda, recitava três vezes:

Ancilu di la vera vuci,
iti ni …(nome)… e ci rati tri vuci:
Chi fu? Picchì non vinni?
Cu fu ca lu trattinni?
Mi lassa amici e parenti,
e mi veni prestamenti.
Ancilu di la bella vuci,
dimmi….(fare la domanda con nome e cognome della persona di cui si vuole avere notizia)
Su è di si,
cosi boni m’ata fari sentiri:
cani abbaiari,
machini sunari,
genti parrari.
Su è di no,
mali signali m’ata dari:
tussiri,
potti sbattiri,
campani sunari (a morto).

Não há referência direta a São Miguel ou ao Diabo.